A disciplina realizada inicialmente em modo remoto foi marcada pela leitura e análises de textos clássicos, o que nos proporcionou uma abordagem aprofundada de vários estudos teóricos. Essas teorias me deram base para pensar a minha pesquisa e refletir sobre como fazer o comunicar. Os encontros foram finalizados com seminários sobre os estudos e as perspectivas para as teorias da comunicação, de autores mundialmente conhecidos, como: Martin Barbero, Herbert Marshall McLuhan, entre outros. 

A partir das diversas análises de documentários, propostos pelo docente, pude lapidar o meu senso crítico em parceria com uma turma bem diversa, com discentes do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) do Mestrado e Doutorado em Comunicação da UNESP/Bauru. As aulas iniciaram em março de 2022, em modo remoto, com a proposta inicial de assistirmos a vários documentários, entre eles: Cinco vezes favela; Diários de motocicleta; Dossiê de motocicleta; Dossiê Rê Bordosa, Nanook of the north; O homem com uma câmera; O prisioneiro da grade de ferro etc. “Partimos do princípio histórico e conceitual de que da imagem surgiu o cromo. Do cromo, a fotografia. E da fotografia, o cinema” (Renó; Morais, 2023, on line). 

Durante o semestre, em aulas remotas e presenciais, ainda por conta dos protocolos sanitários, desenvolvemos atividades de análises de filmes clássicos e contemporâneos. Foram aulas teóricas, com apresentação de seminários sobre uma obra escolhida por cada aluno, mestrado e doutorado. A disciplina nos faz perceber a vasta lista de filmes que nos ajudam a entender vários períodos para a formação do pensamento crítico na sociedade midiatizada.

Esta disciplina foi imprescindível para o meu norte, dentro e fora do programa. A bibliografia sugerida pelos docentes, bem como as discussões em sala de aula, foi altamente favorável para pensar a pesquisa em comunicação, como necessária.

As raízes da cultura, da comunicação, da técnica e da tecnologia. As relações entre comunicação tridimensional e informação nulo dimensional. As imagens técnicas e as paisagens sonoras nos ambientes digitais. Cultura do ouvir. A tensão entre os ritmos dos corpos e a velocidade dos aparelhos. As concepções de aparelho, programa, informação e podcast no estudo das “redes sociais conectadas”. Crítica das concepções de cidadania. Movimentos sociais, inclusão digital, práticas colaborativas e Media Literacy. Cidadania digital: dos limites dos discursos sobre cidadania às possibilidades dos diálogos intersubjetivos / interculturais como subsídios para práticas de resistência em termos de sustentabilidade planetária e pluralidade de vozes (etnia, gênero, democracia e cultura da paz).

Ao longo de oito encontros, discutimos os rumos do jornalismo e as perspectivas para mudanças emergentes e positivas na nossa área. A disciplina nos proporcionou uma reflexão sobre como o jornalismo, em tempos de desinformação, continua sendo um poderoso aliado na valorização dos profissionais de imprensa. 

Pensar as redes sociais digitais enquanto ferramentas de comunicação e educação feita para ajudar no desenvolvimento e não como arma de guerra, usada por mal feitores. Grande parte dela está voltada para o espaço das relações políticas e as características das redes sociais, mas há menos reflexões que tentam dar conta de quais são os contextos e processos que corroem nosso comprometimento, responsabilidade e empatia em relação às outras e aos outros que povoam nossas telas, gerando comunicações anestesiadas, cuja produção e controle pertencem cada vez menos aos sujeitos.